O retrato está pousado sobre a mesa. Lá fora, o sol toca as árvores do parque. São duas pessoas: a mãe e o folho, a lembrarem aquilo que foi. O tempo passa e leva com ele o passado. As memórias tornam-se difusas, dir-se-ia que só os retratos permitem que se saiba ter existido cada um desses rostos.
Levantou-se. Olhou as árvores e lembrou: “Como seria se ele ainda estive-se aqui.” O filho não tem quase nada na memória, a sua memória é o retrato que permanece pousado em cima da mesa e as suas poucas recordações.
No retrato permanece o sorriso do seu pai que partira outrora, naquele fatídico acidente, um acidente injusto pois ele não merecia sofrer essa morta.
O seu pai morreu quando ele ainda era criança tendo sempre na memória o pai como um herói, um homem robusto e trabalhador com muito afecto para com a família.
Naquela tarde em que ele partiu e nós ficamos, sentimos os dois a mágoa a saudade. No entanto aprendemos a viver sem ele e apenas com um simples retrato que traça o seu rosto e nos aviva as memórias do seu carinho e da felicidade que vivemos, jamais do seu amor poderei esquecer e se fui eu aquele que tu mais quiseste que eu conserve em ti a esperança de rever-te, quiçá um dia……… PAI.